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domingo, 11 de dezembro de 2011

Ecos do Pensamento



Um grito ensurdecedor a acordou
Sentada no fim da escada
Já não sentia mais nada
Esperando pelo grito que enfim ecoou
Soou fundo em seu coração alguma lembrança
Algo que vira, em quem pensara, como sentira
Fora como dar-lhe e retirar depois toda esperança

Encantada consigo mesma em seus pensamentos
Adormecera esquecendo-se de que o dia vivia
Analisando por horas suas dúvidas e seus lamentos
Nem seu coração distinguia mais o que sentia
E ao longe agora se concentrava, atentamente
Investigando por seus instintos quem mais estaria ali
Fora grito sobre-humano ou um alerta de sua mente?

Pudera ela saber que o que ouvia
Era só um eco de suas dúvidas, eloquente
Pensara ela simplesmente estar na mira
De alguém que friamente intitulava-se 'gente'
Em um despertar súbito, onde seus anseios foram provocados
Sua ira incitada, sua paixão descontrolada
Entregando-se aos seus mais íntimos pecados.



Tany ~2007~

domingo, 23 de outubro de 2011

Amnésia


Talvez pelo meu caminho
Eu tenha pegadas não compreendidas
Marcadas na terra, apagadas da vida

E essas pegadas não me fazem olhar para trás:
Apenas atenho ao meu olhar, solidamente
Ao que fora vida, e eu vivera intensamente.

São ondas de maré desenfreada e brava,
E esta em si mesma, sem base ou certeza, afogou.

Então as deixo, numa trilha sem volta
Sem alterar o trajeto, só me fizeram pesar:
E sua função em meu caminho – impulsionar!




Oct. 21st 2011 by Tany

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Devaneios



Um tempo em vão
Janela de ilusão
Traçando linhas
E letras tão minhas
-não cabem na mão

É a bruma que pesa
A mão que não reza
E o toque perdido
O beijo não sentido
Pela dor que  despreza

O seu cabelo vejo
Entrelaça meu desejo
Seu rosto de rei
Nele me aterei
Esperando por um ensejo

Na morte vivida
Não será mais a partida
Que a minh’alma esfriará
E em meu leito tomará
Teu calor, minha vida

Gélida chama no olhar
E fulgor como um mar
Que arrasta com ferocidade
Animalesco - e invade
Meu ser -  que já não pode respirar...
Tany ~29/09/2011~

Nota: Devaneio, pois foi assim que este poema surgiu. Dedico esta escrita ao meu querido e talentosíssimo amigo Régis, de quem sinto muita saudade e a quem muitas vezes devo a inspiração.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Indagando o Nada

Por que tem que ser do seu jeito? Hein?
Lembra como tentei lutar?
Mas não teve como,
Por que, a mim, você escolheu?
Justo nesse momento da minha vida!
Olha só como és covarde,
Aproveitou que eu estava sozinho
E me pegou desprevenido.
Eu tinha uma jornada a seguir, sabia? Lógico que sabia!
Mas como uma foice, cortou...
Cortou a linha da minha caminhada.
Prazer é o que você sente?
Ou um vício? Porque, você faz isso todos os dias, concorda?
E para onde está me levando?
Por que não troca nenhuma palavra comigo?
.........................
Pare, por favor, não tem como fazermos um trato?
Uma negociação?
Por que justo EU? Eu...
Por que estou preso em correntes? Eu não te fiz nada!
Sou um homem trabalhador, tenho família e uma religião.
Ahhhh...
Eu só queria entender o porquê meu Deus!
Eu nem desconfiava que você iria aparecer
Aliás, você não avisa ninguém, concorda?
Não entra nem pela porta da frente, e também não bate palmas.
Mas quando vem, nunca sai de mãos vazias...


Só queria entender isso...
Só isso, ceifador das almas!

~Jonas Vieira~20/09/2011

Nota: O texto acima é de autoria de um amigo que admiro muito, Jonas Vieira, que através de um 'monólogo' com a morte, denominada Nada, traz à tona a reflexão sobre a concepção de um momento crucial e inevitável na vida de todos nós. Uns acreditam na vida após a morte, outros que acabaremos em pó. O fato é que, indagando as mais profundas crenças podemos nos despir de conceitos de conforto, de ideias que nos são impostas para não temermos esse tão mórbido momento. Descentraliza, também, o ser humano, o único que tem consciência do ato da morte, e o coloca para encarar sua zona de conforto, num despertar repentino para uma realidade esmagante: ele, como a sua vida, suas crenças e sua morte são nada. ~Tany~

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ode à nostalgia

É a saudade do não-vivido
A dor no meu peito
De dias e sóis que a mim não brilharam
Noites e lágrimas sem sentido
Que diversas vezes alagaram meu leito
E de outrora ainda não se dissiparam

Carrego no espírito mancha negra de solidão
Numa lúdica amnésia de um sorriso
E já não irradiam mais meus dentes a luz branca
Subentendida como a dor em questão
E d'onde não mais preciso
Desponta-me da maneira mais franca

Essa estranha dilaceração carnal
Provocada pelo declínio da alma
Acinzentando a mente que se desfaz
Em pedaços que numa fúria animal
Sob a humanidade perde a calma
E queria sentir - não mais!

 Tany - 13/09/11


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Da alma e da fé - o animalesco pensar

Os olhos da percepção cada vez mais aguçados
Notando mais que sentindo
Sentindo o necessário para não ser engolida pelos brados
Da falsa e infiel sentimentalização
Severo e rígido castigo humano
Denotando à alma seu dano

Reze, reze ao teu santo de cabeceira
Pedindo para livrar-te da maldição da vida
Que esta, criastes e iludistes de insanidades
Procurando afastar tudo que te afligira
Esqueceste de teu corpo, tua animalidade
Agora crês que é uma alma perdida.

Tany - 23/08/2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


       Olhando pra lua num comecinho de noite, onde nem todas as luzes se foram, observo seu brilho e penso em sua magnitude. Não a veem do mesmo jeito os animais ou as plantas, não a contemplam com a mesma profundidade pois acreditam que a verão para sempre. Já meus olhos a fitam como um provável adeus, carregando uma saudade e uma admiração insegura. Sei que ela estará ali amanhã ou daqui a dez anos, mas não tenho certeza se poderei vê-la outra vez. E a beleza se torna mais recôndita à medida em que a incerteza aumenta: pelo amanhã que não notará minha ausência, pela lua que não deixará de brilhar a outros olhos...

Sep. 07, 2011 by Tany

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sobre o sol que irradia agora por esta janela com seu brilho matinal límpido e ainda não ofuscado pela poeira, não posso dizer muito.
A luz se contrasta com o silêncio, não ilumina em mim - e assim como sou - o sol brilha para o mundo mas não para si mesmo; não quebra o silêncio dos ventos, o maldito silêncio dos ventos.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Myrkky

A dor de uma solidão injetada... correndo minhas veias e envenenando meu corpo, tocando minha mente com voluptuosos tentáculos que arrancam do fundo de minhas lembranças espinhos que rasgam meu ser.
Nesse espaço tortuoso entre o ontem e o hoje, apenas o veneno me mantém viva, o veneno quente do seu beijo  –o antídoto da minha solidão.

          (inspirated by Killing Loneliness - HIM)

                                                                             Tany-15/07/2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

His eyes

His eyes were my enchantment when I was lost
His deep look, with his hair down his face
And I need no more reasons to be desperate
Unique innocence that flowed from those eyes
And flooded me
And reflected me
In such kindest beauty I’ve never seen before
Like an angel who hasn’t lost his grace
Driving me to the insanity of speechless dreams
When felt in his wings of love I burned down in my frost.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Suffering

I can't promise I'll never leave a tear drop rolls down my face anymore.
My heart always tries to feel... deeply feel. And it achieves my poor damned soul, scratched by the past with razor's nails of cruelty.
Has everybody stopped loving? Is everyone dead inside?
I wonder and I realize... feelings make us alive yet they make us die day by day in a slow and painful lenght that never ends.
Despite of this, we must not forget that people lie, and they do it with pleasure. Oh! - they think- How's lovely to see the others with their hearts crushed...the blood running from them, poisoning the soul and feeding the anger, exploding as tears in the eyes that one day were able to love.

01/07/2011 By Tany

sábado, 11 de junho de 2011

"Rabisco o verso de uma folha
Como o vazio de meu coração que se mantém
Deixo feridas em quem mais me quer bem
Não consigo mais, morreu em mim, mataram-me também
E meu sangue ainda pulsa frio
Cheio da mais degradada cor, neste corpo doentio."

30/05/2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Frutos da Instabilidade

Explosivo turbilhão de pensamentos
Colorem a mente, corrompem as barreiras da racionalidade
Impõem uma estaca derivada da razão para perfurar as sensações
Tudo está fora de si, ninguém tem o mundo em que vive
Sendo este criação, denota loucura e até inverdade
No topo de uma árvore vêem-se frutos das frustrações
Maduros para a época de seu arrependimento

Os pés que pisam a terra molhada
Sendo tragados pela infâmia de sua nudez
Pureza e natureza – não têm ligação humana
Não faz de nenhum homem irracional para poder compreender
Disfarçando o choro, olhos molhados de insensatez
Se afogando em uma aurora alagada
Pelos erros e acertos e erros e dúvidas... de um ser que pensa – não se engana.

terça-feira, 29 de março de 2011

Herói – uma questão entre viver, morrer e sobreviver ao tempo

O desespero tomara conta daquele lugar. Ninguém ali sabia o que estava acontecendo, só sabiam que ali tinha muita, mas muita gente correndo desenfreadamente. Ao longe se podiam ouvir os gritos desesperados de uma mãe que provavelmente perdera seu filho na multidão; ao mesmo tempo em que se ouvia também um cachorro que, desnorteado, latia diante daquele tumulto como se perguntasse: “Por quê?”. Logo, as pessoas que por ali passavam e se agregavam à multidão pensaram tratar-se de um incêndio no prédio de onde a maioria das pessoas estavam saindo, outras pensavam em assalto. Quando cheguei lá, confesso, pensei ser mesmo um ato terrorista –não pensaria isso antes das belas torres gêmeas do World Trade Center serem destruídas, mas esse fato me marcou profundamente.
Um senhor que, estranhamente não se juntara à multidão e como eu, estava apenas observando tudo de longe, do barzinho do “Seu” Freitas na esquina, aproximou-se de mim com um ar de indignação, chacoalhando a cabeça levemente. Tratou logo de dizer: “O sujeito que faz isso só quer é chamar atenção. Eu num ligo não, quiser se matar, que se mate de vez e deixa o resto do povo em paz!”
Concluí rapidamente que todo aquele alvoroço tratava-se de alguém tentando suicídio. Não me contive e aproximei-me um pouco mais atravessando a rua. Era mais um na multidão agora, que olhava para aquela janela no 13º andar, onde pude ver a figura de um homem, um jovem homem que, chorando, olhava fixamente para o chão sem dizer uma palavra. Durante uns 10 ou 15 minutos, tudo permaneceu da mesma forma e eu fiquei pensando sobre a vida daquele rapaz, que motivos o levariam a querer acabar com a própria vida? Seriam esses motivos realmente suficientes para se desperdiçara a sua única chance? Não sei. Na verdade, a partir daquele dia passei a pensar mais sobre a vida, sobre o que ela significa e sobre tudo o que a gente faz.
Minutos depois, perdida em meus pensamentos na observação daquele drama, eis que surge uma mulher desesperada, também chorando, acompanhada de uma garota de aproximadamente 14 anos que segurava firmemente a sua mão – eram a mãe e a irmã do rapaz – que a polícia permitiu a entrada para que pudesse haver um acordo que não terminasse em tragédia. Um jornalista e um policial foram liberados para acompanhar as duas, que estavam muito tensas. A multidão, que na expectativa ficara em silêncio, parecia ainda mais mórbida no momento em que as pessoas que entraram no prédio chegaram perto do rapaz.
Enquanto o jovem segurava as mãos de sua mãe e falava com ela, o jornalista ia anotando todas suas palavras, como se previsse (por motivos óbvios) que aquelas palavras poderiam ser as últimas. Assim, com uma conversa de 5 minutos com sua mãe, o rapaz se colocou em pé no parapeito da janela, e abrindo os braços, jogou-se e voou, voou de encontro ao solo com um sorriso no rosto de dever cumprido, sorriso este que fora desintegrado como todo o seu corpo em contato com o solo.
A cena foi chocante para quem viu; pessoas chegaram a passar mal. Perplexa, não quis olhar muito para o corpo que já se encontrava coberto, fiz diferente de todo mundo que saiu de lá: esperei. Esperei pelo jornalista que saiu do prédio calado, pensativo e quando ele estava indo para o carro, fui até ele e apenas indaguei um simples  ‘por quê?’ Ele, sem responder nada, retirou de seu bloco a folha com o curto diálogo que eram as últimas palavras do rapaz com sua mãe. Quando comecei a ler, me vi em meio aquela tensão, e logo fui compreendendo todo aquele aspecto calado do jornalista. Lembro-me como se fosse hoje, nas exatas palavras, o que estava escrito naquele papel:
“Meu filho, por que está fazendo isso? Por acaso não tem uma família, um emprego, uma casa para morar?”
“Mãe, minha mãezinha. Sabe que a senhora sempre foi a melhor mãe do mundo, nunca mediu esforços para nos dar o que precisávamos. Foi uma vida de luta mãe, e te agradeço por tudo isso, mas creio que a senhora nunca soube me compreender, só sabia dizer que eu era um jovem rebelde, que teria que me encaixar na sociedade. Nunca soube enxergar que por trás de qualquer rebeldia aparente existe um desejo de liberdade, um desejo de querer que  a sociedade nos aceite, nos compreenda,  e compreenda também que tem que mudar. Eu, mãe, apesar da minha linha de raciocínio, acabei tendo que submeter os meus valores a essa sociedade. Se eu nada pude fazer  para mudar o mundo, se todo o meu esforço e o de todas as pessoas que tinham um mínimo de consciência não valeu a pena, o que valerá? Heróis são aqueles que tentam salvar o mundo e são lembrados para sempre, e eu acho que eu prefiro morrer do que ser esquecido.”
Foram essas as palavras ditas antes dele retirar seu sapato social, fechar os olhos, abrir os braços e voar para sua liberdade.
Até hoje me lembro da expressão daquele jornalista, a frustração da mãe do rapaz, a indiferença do povo. Talvez vivo ele não tenha conseguido mudar o mundo (ou pelo menos fazer uma pequena parte para que isso aconteça); talvez ele jamais possa ser chamado de herói ou tenha seu rosto estampado pelo mundo todo, mas onde quer que ele esteja hoje, se eu pudesse lhe dizer o quanto essas palavras mudaram minha vida, com certeza o chamaria de herói, pois mesmo que apenas 4 pessoas daquela multidão que o assistia sabibam realmente o porquê da sua morte, e mesmo que aquele papel que o jornalista me deu ainda esteja comigo(talvez por um ato de não-heroísmo ele não tenha publicado), tenho certeza que com essas palavras estarei fazendo minha parte.
                              
(Baseado na música ‘These Days’ da banda Bon Jovi. Escrito em 07/10/2009)

sexta-feira, 25 de março de 2011

(Minha) História de ninguém

Como tudo que passei e que não sou
Não carrego em mim a minha própria história
Oh, egoísmo – quisera eu tê-la para guardar
Sentir ventos de antes, escolher lágrimas para ‘rechorar’
Dividir a dor do passado com a do presente – Nunca somar
Poder abrir um baú e tirar de lá a alegria de uma aurora
Quando não tiver mais dentes ou motivos para sorrir

Para quem então eu fui o que passei?
Se o que passou levou de mim apenas a vida
Construiu lembranças além do meu corpo, além das paredes do meu ser
Torna-me então dúbia a credibilidade em toda história que conheci
Pois nelas são ditas apenas o que deixaram como compreendida
Por outros que ficaram, que tomaram a essência do viver
E não pela mente, pelo que realmente sente aquele de quem se conta
Como ninguém realmente saberá quem sou, fui ou serei
Sempre haverá um ponto dentro da minha alma
Indecifrável e incompreensível
Que só se fosse eu dona da minha história perdida
Saberia reconhecer...




22/03/2011 - Tany

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sacrifício


Quando a escuridão vai caindo sobre a Terra
Meus olhos desejam não se sentirem esmagados
Pela tormenta que sufoca meu peito
Pela dor de viver que não se encerra
Sem sentido de ser, continuo do mesmo jeito
A sacrificar meu coração dilacerado

Que pulsando pela razão
Me mantém entalada em sofrimento
Tudo que meu desejo quer gritar
Insensatez, tortura – é o que repete meu sentimento
Em cada choro que derramo em meu coração
- quem dera este não soubesse o que é amar

Se não o soubesse, se os sentimentos fossem apenas uma utopia
Rodeados pela insegurança
Transformam-me em sua escrava de angelical feição
Fazendo de outra pessoa feliz, me confortando nessa alegria
Morrendo, sufocando, sangrando a esperança
Nesse doloroso sacrifício sem ressurreição

Tany - 19/03/2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

The hidden truth regarding the dance

Get into these words

Taste the flavour of the unchained feelings
Touch the blood with the warmth of your lips
Do not let my hand die, ‘cause
It’s only touching your heart
Can’t see my fingers’s tips?
It’s been crushed; I cannot control your arms


As these words have been dancing
Underneath the feet of the pain
Whispering a soundless melody
That touches deep in the brain
Cannot listen this agony

Running through the veins
The letters hit the heart, scare your sense
The eyes don’t need to know
What the words are talking about
It’s a misfortune, cannot be just a fantasy
Ask your judgement, grab your conscience
Dance with me...

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Ciclo Eterno das Efêmeras Ilusões

A ciranda da vida
Em redemoinho alcança a morte
Gira levando consigo
Sentimentos, apodrecimentos, corações estraçalhados
Sua engrenagem mesmo não sendo férrea
Perfura, rasga, dilacera a alma
Resultando em incontáveis pedaços e tornando impossível
A recontrução, a ressureição, o recomeço
Sua enganosa e impassível ilusão de felicidade
Traz traição, tristeza, crueldade
E sem freios ou redução de velocidade
Continua girando pesada, forçada
E cada um que ajuda a empurrá-la 
Só enxerga em sua frente outros de costa, também empurrando
E essa visão faz com que pressionem cada vez mais a roda da tortura
Afim de que ela os atinja, fazendo dos outros sacrifícios para sua própria salvação
E quanto mais pressionam contra, mais são tragados pela ferragem
Suicidam-se passivamente dia a dia
Como numa Roda de Catarina
Arrancando um por um os membros da essência humana
Refazendo a todos animalescos, primitivos
Pois continuam girando, girando, girando... na roda que sua própria história construiu.


Tany 09/03/2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Sobre estas palavras...

...Palavras que minha mão insiste em traçar neste caderno velho
Sempre à tinta preta, com uma velha caneta
Negro tom, pois a escuridão de minha alma é maior que a das minhas vestes e da maquiagem dos meus olhos
Escuridão que toma meu corpo toda noite
E faz dele instrumento para se expressar
É um mundo só meu, em que a alma parece transpassar o corpo
Sentindo antes mesmo de acontecer, sofrendo antes mesmo de amanhecer

Dizem de mim amaldiçoada
Seria pecado ouvir a voz da alma?
Enxergar com os olhos em tom de cinza
Fazer da tristeza a vida e da morte a alegria
Lembrar da vívida rosa que seca lentamente entre as páginas de um velho livro
Esperar pelo auge de sua mórbida beleza
E quando ela o atingir, redescobrir seu perfume

Tornar a vida em um eterno luto de auto-piedade
É descobrir um encanto que muitos desconhecem
Viver uma tranquilidade esquecida, perturbadora
Que assusta...
No entanto quem passa a vida esquecendo-se de sua mais misteriosa essência
Chega ao fim sem saber morrer
Quem vive a morte, matando a vida
Vive intensamente, verdadeiramente... sabendo padecer.

01/02/2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Remanescer

“Tristes lágrimas que rolaram postumamente

Escondidas entre a água do banho que escorria pelo meu corpo

Lavara minha alma de uma dor remanescente

Culpa de um amor cataléptico

Que resolvera voltar à vida

Mesmo sepultado no fundo das minhas lembranças

Em histérica agonia que gritava calada

E fazia-me surda de sua existência”


   Tany 23/02/2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

It's hard to find live flowers among dead people

         Metaphorical, I can say. Looking for something to think about - as if that were necessary for my insane mind - I decided to take a walk in a Death Valley, aspiring the peace offered in that silence, forgetting the life that existed outside those walls.
I saw dead flowers, artificial flowers, rotten flowers... and it did not destroy all that morbid beauty of that place. But why not live flowers? Only where the ground was churned up, where you could see that someone had been buried some time ago, there were live flowers, placed as if they were expected to decompose slowly with whom they were dedicated. And they die, die as if they carry the longing of all people who still alive... 
They are damned. They'll have to stay there, representing the hope and the reality... you do not realize that the flowers are already dead since the moment they were placed in the vessel or in a crown as you cannot belive that the person who is in the coffin has already gone. It's a perfect synchrony, a translation of feelings and an attempt to comfort we always look at, but do not always see...
                                         ~Tany~  Feb. 20th, 2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Vale das Lágrimas Perdidas


Em decadência a sua passível demência.
Um sentimento suicida invade seu coração.
A transmutação de toda a dor em sua pele cortada.
Esperança da sua vida condenada.
Onde sua quimera infernal.
És teu desejo carnal.

   Desejo que lhe toma a alma
Onde agora jaz o que um dia fora vida
Alma perdida, sem cor... sofrimento em vão
Sendo uma ilusão dolorida
Acreditar no que diz seu coração

   Um sentimento.
O verdadeiro tormento,
Viva em sua noite eterna.
Sua paz cadavérica.
Onde o que repousa sobre seu véu,
Não passa de um apelo silencioso
As respostas de um sentido...

   O silêncio que brada em sua mente
Seu peito vazio, olhos sem vida
Pois suas lágrimas secaram assim como sua essência
Derramada a cada dor inconsequente
Sangrando gota a gota por dentro

   Em seu devaneio cruel
Verdadeiro carrasco fiel
Judas de sua alma
Tirana de Sua alegria
Constantemente inconstante
Perderá o que jamais teve
Sentiu o que jamais terás
A dor da felicidade
E a cor do seu amado amor

   Desbotada sua solidão
Que sempre a acompanhará
Levará em cada cinza mais denso de seu ser
Um pouco de cada sentimento - eterno padecer
E arremata em negro tom sua história
Negro como sua lápide... para sempre sua perdida memória

                                                                        Tany e Régis


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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Esperança Condenada

“Em demasiado desejo da Luz, Condenado as sombras és.
Onde seus pecados são doce sangue nas mãos de seus carrascos,
Carrascos do Destino que perdera
        
   Ou destino que eternizara
Quando escolhera morrer em vida

   Passaras a Sobreviver.
Sobreviver a Si mesmo.
Em uma existência conturbada.
Sua Alma desfigurada é a Grande paz que encontrara.

   Seu coração que já não bate é seu alívio
Pensamentos não mais existem, só delírios
Lembrando-se de como era sonhar
Esquecendo-se que deste pesadelo jamais irá despertar..

   Sua alma em Dor repousara.
Seu eterno descanso aguardara.
Um Cântico do tormento vivo.
A Cruz do Incerto.
Seu Âmago de Emoções desperto.
Cante Nobre Alma de seu Eterno Pesadelo!

   E um grito em sua mente
Fizera com que se curvasse diante de sua sanidade
Já não ouvia mais sua alma
Apenas ruídos eloquentes
Que o deixava imerso em sua vontade
Vontade de ser livre, quebrar o elo do destino.

   Sua Utópica Paz lançada ao vento.
Sua consciência seu maior Tormento.
Em uma dimensão de mentiras Repousara.
Ludibriado por seu único pecado.
O pecado de Viver

   Viver em morte, pois morrera em vida
Tentando alcançar a imortalidade tão desejada
Consequências que agora são seu fado
Que carregará passando por vidas e almas durante sua jornada
Sempre cantando triste o lamento em seu peito
Por descobrir que entre querer e desejar há uma longa estrada
Um caminho que pode ser sem volta
Pelo qual choras agora desesperado
Sem jamais ter a chance de alcançar seu ponto de partida...”

*By Régis and Tany*


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