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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Canções de amor




De nada adianta ouvir belas canções
Se suas letras nada significam ao seu ouvido
Quando cada fio de esperança está perdido
E o que sai da sua boca não são reais intenções

Não  deveria jamais reproduzir tais palavras de amor
Deixá-las escapar da boca para fora é apenas tortura
A quem te ouve, acredita, lhe ama e lhe procura
E ao chegar percebe o vazio que elas trazem em forma de dor

Pois nenhum sentimento verdadeiro cabe em letras arredias
Ou em notas perdidas dedilhadas em um violão
Se fosse dessa forma, então
Já não seriam compostas novas melodias

Enquanto não houver sintonia real
Entre o que se ouve, fala e o que 'quis dizer'
Inúmeros corações irão a nocaute
Iludidos pela ilusão, este jogo desleal


19/10/2017

domingo, 17 de setembro de 2017

Ilusão

Então é o que é
Não tem mais jeito
Esse sentimento
Já não cabe no peito


Mas vamos lutando
Batendo no coração
Criando espaço
Ou uma canção


Só pra chegar
No final da vida
Cheio de amor
E dor reprimida


Ainda assim
Nós continuamos
Ganhando tempo
Perdendo quem amamos

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Título em branco.

Ouço falar da liberdade
De entender quem sou
E ao encarar a verdade
Ela já me condenou.

Transcender a existência
De todo o impensado
Revelando a essência
Do que está enraizado.

E descubro que ser
Não é apenas estar
Quando deixo de viver
Para apenas constar.

Em um mundo incoerente
Só há espaço para existir
Quando tudo é diferente
Do padrão que é omitir.

Como devo me encaixar
Em estereótipos tão vagos
Quando até mesmo amar
Já surge em moldes quadrados?

Assim como acontece na poesia,
Os versos fluem sem explicação
E o título sempre é uma nefasta cortesia
Difícil de caber no branco vão.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Morfina


Já são quase quatro da tarde no monitor.
O dia está pegando seu trem de partida
E eu conto com um minuto a mais
Para tentar aliviar essa dor.

São dias e noites e dias que se confundem.
Palavras que machucam, murros que confortam
No desespero da hora que não passa nunca,
Encobrindo o grito com uma música de fundo
Que hoje, de repente, perdeu o significado.

E na intenção de rimar as palavras 
Encontro-me perdida na vastidão de conteúdos.
Tantos são que eu talvez não saiba mais usar,
Apenas prostituir letra a letra para aliviar o desespero
Que outrora, disseram, era passageiro.

Tudo parece perdido - talvez realmente esteja - 
Mas não quero ver, não quero sentir, não quero saber.
Possam as palavras ser outra vez a morfina
Que procuro para aliviar a dor da alma
Para matar no corpo, pouco a pouco
Tudo o que a mente não quer aceitar...
... e ainda não são quatro da tarde.







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