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quinta-feira, 3 de março de 2011

Sobre estas palavras...

...Palavras que minha mão insiste em traçar neste caderno velho
Sempre à tinta preta, com uma velha caneta
Negro tom, pois a escuridão de minha alma é maior que a das minhas vestes e da maquiagem dos meus olhos
Escuridão que toma meu corpo toda noite
E faz dele instrumento para se expressar
É um mundo só meu, em que a alma parece transpassar o corpo
Sentindo antes mesmo de acontecer, sofrendo antes mesmo de amanhecer

Dizem de mim amaldiçoada
Seria pecado ouvir a voz da alma?
Enxergar com os olhos em tom de cinza
Fazer da tristeza a vida e da morte a alegria
Lembrar da vívida rosa que seca lentamente entre as páginas de um velho livro
Esperar pelo auge de sua mórbida beleza
E quando ela o atingir, redescobrir seu perfume

Tornar a vida em um eterno luto de auto-piedade
É descobrir um encanto que muitos desconhecem
Viver uma tranquilidade esquecida, perturbadora
Que assusta...
No entanto quem passa a vida esquecendo-se de sua mais misteriosa essência
Chega ao fim sem saber morrer
Quem vive a morte, matando a vida
Vive intensamente, verdadeiramente... sabendo padecer.

01/02/2011

Um comentário:

  1. Nossa....
    Palavras ditas d'alma ao coração.
    Posso sentir a expressão de sua Alma....
    Incrivel...
    Lamentos de uma Felicidade posta....

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