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terça-feira, 5 de julho de 2022

Somatória


Nunca fui boa em matemática
Apreciava mesmo a emoção sobre a razão
Até perder a conta em meio a tanta decepção
E perceber que toda a poética da vida
Se subtrai quando descobrimos que somos apenas mais um
(ou menos um?) 

Rivotril

"'Traz' mais um calmante, por favor!"

Eu já nem sei mais de onde vem a dor
Anestesiá-la é a única saída
A pequena pílula branca traz alívio no peito
Ela me engana, eu me deixo enganar
Dependo dela para conseguir suportar meus dias
Que por mais quentes e lindos que sejam lá no jardim
Aqui dentro é apenas um buraco lamacento
E a droga do remedinho, meu vício, é o balde velho que desce para pegar água no poço seco

Tany ~29/11/2021

Limbo


E se
Não mais que de repente
Eu enlouquecer?
A ansiedade já me faz esquecer
Quem eu sou, as vezes até porque estou
No limbo do próprio existencialismo

Tany ~ 29/11/2021

Por que choras, Byron?

Costumava escrever poemas de amor,
Poemas de dor e melancolia
Num romantismo incorrigível lá das épocas de Lord Byron.
Agora escrevo sobre a dor, mas não a de amor
A do vazio
A da solidão de si mesmo
A da ansiedade que corrói meu corpo e faz com que eu roa as unhas
A dor que sobe rasgando pelos músculos, sem metáforas ultrarromanticas obscuras.
Aquela que pressiona o peito até as lágrimas caírem descontroladamente.
É a dor do sentir em uma sociedade vazia por dentro. 

Tany ~ 29/11/2021

Por que choras, Poe?


Não me importo mais com rimas
A vida ensina
Que rimar não combina
Com a frieza da sociedade.

Ah, aquele romantismo lírico
Perdido nas traições e falsidades
Na falta de amor que move hoje
Um mundo doente e mais sombrio que os contos de Poe.

(e não vivemos na ficção). 

Tany~ 01/12/2021

Oh, my ghost

Eu não acho sentido nas coisas
E quem disse que eu deveria procurar?
Já esqueci de tudo que me fazia feliz
Já desisti até mesmo de pensar

Talvez não veja nada
Porque o vazio está em mim
E nos arrependimentos
Das decisões que tomei
Dos sentimentos que guardei
Do fantasma que me tornei.

Tany ~ 05/07/2022

Roubaram meu brigadeiro

E disseram que roubar é uma palavra muito forte.
O doce era meu, as mãos e a boca de outra pessoa tocaram-no sem permissão.
Eu confiava muito nessa pessoa, nunca achei que fosse
Pegar meu brigadeiro sem eu deixar.
Sabia que não queria, disse um não que não adiantou
Se apossou do meu brigadeiro enquanto estava dopada (será que bebi demais? Não lembro.)
Mas se eu reclamar, vão dizer que era só um doce.
Eu que deveria estar acordada para protegê-lo,
Afinal, tão apetitoso aquele brigadeiro...

Quem mandou ele dar mole na geladeira?

Tany ~ 02/12/2021
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