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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Indagando o Nada

Por que tem que ser do seu jeito? Hein?
Lembra como tentei lutar?
Mas não teve como,
Por que, a mim, você escolheu?
Justo nesse momento da minha vida!
Olha só como és covarde,
Aproveitou que eu estava sozinho
E me pegou desprevenido.
Eu tinha uma jornada a seguir, sabia? Lógico que sabia!
Mas como uma foice, cortou...
Cortou a linha da minha caminhada.
Prazer é o que você sente?
Ou um vício? Porque, você faz isso todos os dias, concorda?
E para onde está me levando?
Por que não troca nenhuma palavra comigo?
.........................
Pare, por favor, não tem como fazermos um trato?
Uma negociação?
Por que justo EU? Eu...
Por que estou preso em correntes? Eu não te fiz nada!
Sou um homem trabalhador, tenho família e uma religião.
Ahhhh...
Eu só queria entender o porquê meu Deus!
Eu nem desconfiava que você iria aparecer
Aliás, você não avisa ninguém, concorda?
Não entra nem pela porta da frente, e também não bate palmas.
Mas quando vem, nunca sai de mãos vazias...


Só queria entender isso...
Só isso, ceifador das almas!

~Jonas Vieira~20/09/2011

Nota: O texto acima é de autoria de um amigo que admiro muito, Jonas Vieira, que através de um 'monólogo' com a morte, denominada Nada, traz à tona a reflexão sobre a concepção de um momento crucial e inevitável na vida de todos nós. Uns acreditam na vida após a morte, outros que acabaremos em pó. O fato é que, indagando as mais profundas crenças podemos nos despir de conceitos de conforto, de ideias que nos são impostas para não temermos esse tão mórbido momento. Descentraliza, também, o ser humano, o único que tem consciência do ato da morte, e o coloca para encarar sua zona de conforto, num despertar repentino para uma realidade esmagante: ele, como a sua vida, suas crenças e sua morte são nada. ~Tany~

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