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domingo, 7 de junho de 2020

Abuso


Deixo livre minh’álma discorrer sobre seu lamento
Não sei por quantas vezes mais, não me lembro quantas vezes antes
Tua insensatez me fizera desesperar!

É como se cada desencanto sobre sua humanidade
Fizesse de mim gélida também
E tão fria está essa noite, e de onde sinto mais frio já não sei
Se de seu ser, se de meus olhos, se do negro vão que deixaste em meu mundo...
Dói-me os olhos pelo cansaço da misericórdia que não tive
Pelo sentimento entalado, preso sob minha derme.

De tanta incerteza, agora, já não sei se falo de dor
Hesito!
Hesito...
Penso novamente, há algo intragável no ar
Quanto tenho que dividi-lo contigo, simplesmente para viver
Este não é o mesmo ar – que um dia fora – o que me enternecia
É apenas o sopro vazio de teu corpo... opaco, espesso, contínuo, imutável.
Como não percebera outrora?... AHH!
De minha essência é que te nutrias
Tomavas de mim... sordidamente me iludias!

Torno em crer que minhas pálpebras não se abriram
A cegueira ainda estava aqui até o momento
Deficiência lúdica que te vê como nada
Tardou tanto para ser diagnosticada
Como se pode afirmar cura?
Pois seu nome, sua lembrança e meu estúpido sentimento

Continuam (e continuarão) escondidos nessas pautas...


Tany - 17/06/2017


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