Lástimas de uma canção qualquer
Entorpecida pela
música
Que pelos
meus ouvidos faz vibrar
No fundo d’alma um sentimento
Sem nome, ou
cor, ou paladar
Fazendo esvanecer
qualquer pensamento...
- E o
coração a desvairar.
Sutilmente dança
pelo sangue,
Pelas veias
percorre meu corpo inteiro,
Nos olhos se
tornam lágrimas a correr.
Ao fundo
ouço a chuva; o cheiro
Do ar
gélido, da noite, do viver...
-Insistente
na vasta solidão.
Ah, se ao
menos esta canção
Pudesse traduzir
ao certo
Cada sussurro,
cada lembrança
Das vezes
que ao menos cheguei perto
E abstive
toda a esperança...
-Contida,
absoluta, fadada.
Soberano e
traiçoeiro,
Por que me
enlaças novamente?
Talvez gostes
de ver se sei os passos
Da tua dança
cruel e envolvente.
Ou ainda
queiras saber se os laços
De tua
vilosidade estão fortes...
- O laço – a
música – minha condenação.
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